2 de abr. de 2013

Apucarana/Curitiba (Fleche Velocio)

Fui convidado para participar de uma prova ciclística chamada Fléche Velocio. É uma prova que faz parte do calendário organizado pela ACP. O desafio consiste em percorrer uma distância superior a 360 KM em 24 horas. Quem quiser saber mais sobre a Fléche pode vir aqui.
A largada foi no dia 29/03, sexta, 5:30 da matina, em Apucarana. Éramos 5 na equipe: Eu, Marcus França, Fábio Meglin, Gabriel Turozzi e Leandro Rocha (capitão da equipe). Antes de largarmos tomamos um café na casa da avó de França (grato pelo café), fizemos a foto oficial na Igreja Central da cidade e partimos. Logo no começo um pneu furado (o que seria uma constante em todo o trajeto). Remendamos e um susto: um carro freiou bruscamente próximo nós, do nada. 15 minutos depois mais um furo. Seguimos e iniciou-se um dos nossos problemas: vento contra lazarento de forte, que nos acompanhou por boa parte do trajeto. Não conseguíamos manter média de 15 (que era necessário para terminar a prova no tempo). Fizemos nossa primeira parada numa lanchonete para comer.
Fomos seguindo e literalmente 'escalando' a estrada (muitas, mais muitas subidas). Chegamos a um ponto próximo a Imbaú e o Leandro disse que estava passando mal. Fomos até a lanchonete mais próxima e lá ele decidiu que não conseguiria continuar. Comemos por ali, nos despedimos e seguimos caminho. As subidas continuavam e pareciam intermináveis. Certa hora vi um animal atravessando a pista e era um tatu. Desci da bike e fui lá 'salvar' o bicho, a duras penas consegui tirar ele da estrada (ao menos naquele momento). Mais furos, meus e de Gabriel, mais subidas, frio, mais um furo meu e aí eu fiquei irritado, nem colocar a roda na bike eu estava conseguindo. Contei com a ajuda dos amigos para isso. Chegamos a uma parada a 35 KM de PG e paramos para comer. Como já não dava para chegar no horário pré estabelecido em Curitiba (5:30) resolvemos dormir em Ponta Grossa. Ficamos num hotelzinho simples, tomamos banho, acordamos, tomamos um café muito bom e recomeçamos o pedal as 8:40. Vento contra pra variar, encontramos o Luiz no meio do caminho. Meu pneu furou de novo, o psicológico pesava mais que o físico. Fomos indo bem na boa e fizemos a foto oficial da chegada no viaduto do Orleans (pois o Gabriel entrava ali). Seguimos até o Barigui juntos, nos despedimos e eu fui tomar um chopp no Barigui. Cheguei em casa por volta das 17 horas. 365 KM e segundo o aparelho (Garmin) do Fábio Meglin, mais de 6 mil metros de subidas acumuladas.
Conclusões: Muitos furos atrapalharam nosso rendimento; o vento sempre acompanhará nós ciclistas, mas a forma que ele estava 'soprando' quebrou nosso ritmo; eu preciso estudar melhor longas distâncias psicologicamente falando, teve horas que tinha vontade de parar na BR e ficar lá e graças a parceria com os amigos eu continuei. Foi uma experiência ótima, o companheirismo foi essencial e no próximo ano com certeza estarei melhor preparado. 
Agradeço aos amigos ciclistas que estavam juntos nessa jornada, valeu!

                                          A foto oficial da largada
                   
                                 Vento contra 

                     
                                 Parada para comer   
 

                                 Depois da Serra do Cadeado

                                 Aqui o meio da prova

                          
                                 Mapa com todo o trajeto

                   
                                 A chegada! Eu, França, Meglin e Turozzi

                   
                                 Para fechar com chave de ouro, Chopp

                       
                                     Os trajetos das Fléches no Paraná

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