3 de jan. de 2012

Pedal das férias

Curitiba – Guaratuba – Joinville

Dia 23 de dezembro saí da casa da Bruna no Portão as 6:10 com o objetivo de ir à Joinville para comemorações de Natal com a Família da Bru. Um dia antes estava pensando como iria até lá, as possibilidades não são muitas, 376 ou 277 (de speed, é claro). Resolvi ir pela segunda. Porque ir pela 376, chata e feia se eu poderia comer um peixinho, um camarão e ver o mar?

No dia 22 recebi um mail do Diogo Fava dizendo que iria fazer um pedal até o Rio Pequeno, um pouco à frente do pedágio. Não queria ir sozinho pela 277 por conta dos assaltos deste ano, mas com mais gente pedalando seria tranqüilo. Cheguei ao pedágio as 6:40 e 7:00 seguimos caminho (Diogo, Carlão e eu). Fomos trocando idéias e papo fora e quando chegamos à ponte tiramos algumas fotos e nos despedimos. Continuei o caminho, descer a serra sempre é legal, o visual sempre vai ser demais. Parei no 1º SAU, encontrei um cara que estava indo para Pontal, tomei um café e dei um tempo ali. O rádio da mulher disse: “engavetamento”, um pouco depois de eu passar pelo trecho. Treta. Segui caminho.

Parei no outro SAU, um calor infernal, café, limpei a pele e nova camada de protetor. Pensei: vou por Alexandra/Matinhos ou sigo por Pontal? Primeira alternativa. Não me arrependi, a estrada estava tranqüila, quando os carros\caminhões me viam, eu fazia sinal pra eles passarem para a pista do lado e deu tudo certo, fora um cara num Volvo que deu uma fina de gelar a alma. Gosto daquela estrada, quando parece que se está chegando, tem mais uma reta a perder de vista.

Cheguei a Guaratuba 12:00, claro, peguei Ferry Boat, sempre que passo por ali tenho boas lembranças de infância. Fui direto a um restaurante, pois estava com muita fome e aí foi uma alegria, díos, como foi bom almoçar e tomar uma bera com o mar ali!!!

Dei um tempo por conta do calor que fazia na hora, saí de lá cerca de 14 horas sentido Garuva. A rodovia que liga Guaratuba a Garuva, caramba, é pior que a Alexandra – Matinhos, uma reta que parece que nunca vai acabar, e ainda mais num calor ferrado como estava. Quando faltavam uns 5 km para Garuva o tempo virou, um vento lazarento diminuiu minha média de 35 pra 10 km\h. Na serra dava pra ver a chuva. Entrei na 376 e dei um galeto, o que não adiantou nada. Ainda bem que deu pra parar no posto da Polícia Rodoviária. Fiquei lá trocando uma idéia com os policias e uns 30 minutos depois a chuva parou. Segui caminho e um pouco depois vi um ciclista com alforje e MTB, cheguei junto e falei olá, ele disse que não falava português bem, lascô, meu inglês é péssimo. Fui tentando trocar uma idéia e entendi que ele se chamava Joseph, era Suíço e já havia pedalado por 89 países e estava indo fazer um rolê no Uruguai, Argentina, Paraguai e Chile. Fomos juntos até a entrada de Joinville, ele seguiu sentido Centro e eu Vila Nova. Cheguei a casa do casal de amigos Gabi e Anderson umas 17 horas com 200.03 km. No dia 24 Natal com família, tudo muito legal mas... é claro, como todo final de ano chove em SC e meus planos de ir até São Francisco do Sul foram novamente adiados.







Coisa boa é comer um peixinho, camarão com uma cervejinha!





O jeitinho mendigo de levar os pertences na chuva.

Dona Francisca

Dia 27 finalmente a chuva deu uma trégua então aproveitei e fui conhecer a Mítica Serra Dona Francisca/301, que liga Joinville à Campo Alegre. Saí de Vila Nova no início da tarde, acho que era uma e pouco e meio nublado. Sobre a serra, é cheia de curvas, algumas até fazem uma ‘ferradura’ de tão fechadas que são, algumas cachoeirinhas e quase no final um mirante com uma visão muito bonita. Dei um tempo no mirante e resolvi seguir até o final. Cheguei num barzinho, do Valdemar, tomei uma coca e troquei umas idéias com o dono, um velhinho gente boa. A descida é só alegria (e prudência), meus ouvidos trancaram e no final ficaram doendo, eu estava me recuperando da gripe e acho que meio que inflamou. Cheguei na casa dos meus amigos lá por cinco e pouco.







Minha idéia era ir pra Itapoá pedalando, mas dia 28 voltou a chover pra dedéu. Enrolei a bike numa lona e ônibus. Eu e Bruna ficamos instalados na casa de uma amiga, a Cíntia. Dia 29 chuva e dia 30 fui até Barra do Saí, na divisa com o Paraná (Rio Saí-mirim), 32 km. Chuva de novo, virada, no dia 02 antes de ir embora fui até o porto de Itapoá, curtinho, 28 km (o 1º do ano!). Minha idéia era voltar pedalando pra Curitiba mas a previsão era de chuva então comprei passagens, é claro que o tempo virou, mas ainda bem que não fui, um trânsito animal na estrada e a 376 lotada, e ali alguns trechos não tem acostamento. Foram ótimos pedais, mas sempre fica aquele ‘gostinho de quero mais’, e é pra isso que 2012 está aí!



2 comentários:

  1. Bacana os pedais, eu fiquei só na vontade. A speed ta com teias de aranha já hehe

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  2. OPAZ, grandes pedaladas, a parte da descida foi praticamente uma aventura SOLO. E a D. Francisca é muito show... já desci umas duas vezes e nem penso em subir pedalando! Karakas, aquela chuva na região de ITAPOA foi prakaba... a gente ficou na BARRA DO SAI prox. ao mercado COTIA... teve ate ventania e casa destelhada na noite da virada... mas pedalar na praia é tudo de bom então deu pra recarregar as baterias e então.. QUE VENHA 2012 COM MUITOS BONS PEDAIS PARA TODOS NÓS... VAMOS PEDALAR ATÉ O MUNDÃO KABAR!

    jopz

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